Dia da África tem de ser todos os dias.
Pelo modo de ser africano.
Quando os israelitas (também chamados de hebreus ou judeus) saíram da Caldeia (Sul da Mesopotâmia, hoje os países Iraque, Síria e Turquia), foram expulsos pelos caldeus, por causa da religião (pois abandonaram o culto de diferentes deuses para o Deus único). Com a explicação de que deveriam migrar por ordem divina, estabeleceram em Canaã (Atual Israel, Jordânia e Líbano). Após um breve período de prosperidade e com a exploração dos recursos materiais da região, esgotarem todas as reservas deste espaço, passando pouco tempo depois por seca e fome. Para fugir desta situação implementada num modo de vida na cosmologia patriarcal, migraram para o Kemet (Egito, matriarcal e monoteísta). Os hebreus quando chegaram ao Egito, cerca de 70 pessoas, aumentaram sua população para 600.000 pessoas, vivendo na abundância de alimento e modo de vida saudável. Se tivessem sofrendo tanto assim, como dizem as narrativas, jamais teriam se multiplicado tanto. Como eram nômades e o único conhecimento que tinham eram a habilidade de pastoreio, trabalharam cuidando dos rebanhos dos Faraós e depois de aprenderem as habilidades refinadas africanas de arquitetura, passaram a trabalhar nas construções.
Os egípcios, para controlar a natalidade e eliminar o número de nascimentos, começaram a eliminar bebês masculinos, para que em tempo de guerra, isto não se tornasse um problema no aumento de fileiras inimigas. A ação de eliminação de bebês era uma prática de controle de natalidade, realizado por muitos povos. Diante deste sofrimento e humilhação, o crescimento religioso dos hebreus aumentou, movidos pelo sentimento de vítimas. Neste contexto, Moisés nasceu sendo influenciado pelo monoteísmo e regras éticas egípcias.
Matando um homem egípcio, fugiu, sem pagar pelo seu crime, pois sabia que na regra egípcia, ninguém poderia fazer justiça com as próprias mãos, pois isto era ser contrário a regras de conduta de retidão e justiça. Moises foge, e retorna para se defrontar com o Faraó. Este expulsa os hebreus finalmente após 600 anos em Kemet cerca de 1260 a. C.
Moises não paga pelo seu crime após ter matado um homem, no entanto se torna instrumento de uma das dez regras, chamadas de mandamentos, de não tirar a vida de alguém.
No tempo em que os hebreus patriarcais fazem a jornada de volta para Canaã, expulsam os habitantes de suas terras como os ferezeus, jebuseus, siquemitas e gergeseus, vivendo às custas destes povos. Exterminam povos como os Hesebon a fio de espada, e por onde passam, esgotam reservas naturais e entram em conflitos de guerra, sejam expulsando ou exterminando.
Este modo comportamental das cosmologias patriarcais, muito identificado com o ocidente, de migrações obrigatórias depois da exploração e esgotamento dos recursos naturais por completo nos locais em que se instalam, doenças pelo modo de vida, expulsão de pessoas, extermínio, genocídio guerras e conflitos sistêmicos constantes na história e modo de vida, não tem nada a ver com África.
África é matriarcal, isto significa que as mulheres participam da gestão e decisões nas figuras de rainhas-mães e mães da humanidade.
Os africanos por onde passaram, construíram cidades, auxiliaram povos, melhoraram as coisas e favoreceram a vida.
África não realizou sistemas de extermínio em massa por migrações impostas após desvitalizarem regiões de morada pelo esgotamento de recursos minerais, pois sempre construíram florestas respeitando a natureza e a terra.
Os africanos no mundo precisam voltar as suas origens matriarcais e abandonar todas as ideias de espiritualidade e formas de gerir relações seja com pessoas, natureza e instrumentos sociais, que não estejam dentro da cosmologia ancestral africana. África precisa ser todos os dias, em qualquer lugar onde estiver um africano.